quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Às Gerações Futuras

Eu vos contemplo
Da face oculta das coisas.
Meus desejos são inconclusos,
Minhas noites sem remorsos.
Eu vos contemplo,
Pelas grades insensíveis.
Meu sonho,
é uma grande rosa.
Minha poesia,
Luta .
Eu vos contemplo
Da virtual extremidade.
Minha vida (pela vossa).
Meu amor,
Vos liberta
Eu vos contemplo
As grades esmaecem.

Da própria contingência
Mas minha força
É imbatível
Porque estais
À espera.
Eu vos contemplo
Do fogo da batalha.
Meus soldados
Não se rendem.
O grande dia
Chegará
Eu vos contemplo
Gerações futuras,
Herdeiros da paz e do trabalho
Ante o meu contemplar.

Emmanoel Bezerra dos Santos

* Poema feito quando da primeira prisão de Emmanoel na base naval de Natal em 1969

Um comentário:

Anônimo disse...

É muito linda essa poesia!

Nesse link tem a poesia completa
http://pcrbrasil.org/emmanuel/